segunda-feira, 2 de setembro de 2019


Professor conta sobre suas experiências em 12 anos de carreira

Professor de educação física Kresley se abre e conta como foi sua pior experiência em aula.
Ao escolher com que trabalhar, variadas perguntas vem a mente. Quando realmente começa a trabalhar com aquilo que você tanto sonhou, pode ser que não seja como você tenha pensado. Nesta entrevista vamos ver como Kresley, encara sua profissão depois de 12 anos a exercendo; Sua opinião depois de trabalhar com o mais variado tipos de pessoas, e o que ele acha de tudo isso.

Kresley: Foi uma das piores experiências que eu já tive na minha vida.
Maria Eduarda Ferreira: Oi gente estamos começando mais um POP TV. E hoje estamos trazendo mais uma entrevista com o nosso querido professor de Educação Física.
Kresley: Bom dia é um prazer estar aqui.
Maria Eduarda Ferreira: Agradecemos por sua presença no nosso canal POP TV. Você vai nos ajudar a saber mais sobre o senhor. O nosso tema é sobre vivencias e experiências.
Kresley: Vamos lá!
Maria Eduarda Ferreira: Há quantos anos o senhor está trabalhando na área de educação física?
Kresley: Estou trabalhando com educação física exatamente há 12 anos.
Maria Eduarda Ferreira: Sabemos que é muito difícil conseguir elaborar aulas produtivas e que realmente gere interesse nos alunos. Baseado nisso, qual foi sua melhor experiência em aula em todos anos de trabalho?
Kresley: Minha melhor experiência em aula? Bom é o seguinte: A melhor experiência de aula que eu tive foi com relação aos trabalhos com projetos. Teve um projeto de sexualidade que foi feito. Nós fizemos um trabalho no qual todo mundo tinha que conhecer o corpo, como é o corpo em atividades. Questões de transpiração, questão de hormônio. Enfim, foi um projeto bem legal. Um tema bem atual. Sexualidade que eu quero dizer é de gênero, não do sexo. Então, foi legal que tanto meninos e meninas conheceram assim o corpo, a mesma musculatura, regiões onde devem ter gorduras boas, gorduras ruins, colesterol alto, colesterol ruim, consequências de uma má alimentação como diabetes, como pressão alta. Tudo isso foi englobado em um projeto, em uma aula só. Então, achei que foi muito produtiva.
Maria Eduarda Ferreira: Qual foi a pior?
Kresley: A pior, foi a experiência com uma sala que por questão de ética não vou dizer que sala foi. Mas era uma sala que todos eram completamente resistentes. Eles não queriam. Eles queriam, praticamente, fazer aquilo que eles determinavam. Então, se você chegasse com uma proposta de trabalho, uma proposta de aula encontrava uma dificuldade muito grande com essa sala. Eles não queriam e quando você colocava a aula eles saíam, dançavam pra te provocar, te desafiavam, então, foi uma das piores experiências que eu já tive na minha vida.
Anna Julia Santos: Qual local que o senhor trabalhou que houve mais rendimento da parte dos alunos? Como foi isso? Nos conte.
Kresley: O rendimento todos tem. Tem sala que rende um pouco mais, tem sala que rende um pouco menos, tem sala que é mais resistente. Fora daqui eu já dei aula também em um colégio estadual com relação a educação física escolar, mas eu também já trabalhei com recreação. Já fui monitor e coordenador. Na recreação, lá rende porque quem vai e quem faz as atividades são pessoas que querem. Ninguém é obrigado, né! Todo mundo quer e em uma escola é diferente. Você vem para a escola porque você é obrigado. É uma formação e aí nós temos que atender as suas necessidades além do conteúdo da disciplina. Então, cada sala tem uma resistência diferente. É difícil chegar e pontuar e falar essa aqui foi a pior, essa aqui foi ruim.
Anna Julia Santos: Qual sua maior dificuldade em questão de convivência com os alunos? Essa dificuldade costuma acontecer com qual faixa etária?
Kresley: Bom, a maior dificuldade é com relação a desafios. Costuma acontecer do oitavo ao nono ano para cima. Aqui na prefeitura nós não temos contato com o Ensino Médio em outras escolas apenas, mas com oitavo e nono ano eles já começam a querer ter uma identidade. Muitos misturam o querer se encontrar no grupo como que “eu tenho que me destacar” e nessa de querer se destacar muitos acham que tem que desafiar professor, tem que ficar gritando, tem que se impor, tem que fazer o que quer. Tive uma experiência que vocês acho que até presenciaram de alunos querendo: “não eu quero, o que eu quero. Se não for eu quero ir embora para casa”. Então, essa é uma dificuldade imensa que nós temos aqui com essa faixa etária de vocês.
Ingrid Pereira: E agora para finalizar nossa entrevista: O senhor tem um esporte favorito? Se sim nos conte alguma experiência que o senhor já teve relacionado a ele.
Kresley: Tenho um esporte favorito sim só que, curiosamente, o meu esporte favorito não é praticado na educação física escolar que é o automobilismo. Primeiro, o automobilismo é um esporte, corrida de carro é esporte, porque para ser piloto você precisa ter todo um preparo físico, um condicionamento. É muito grande a figura do meu pai porque desde pequeno meu pai sempre gostou. Meu pai me acordava de madrugada para gente assistir corrida. Sempre que tinha algum evento, principalmente fórmula 1 na época do Ayrton Senna, minha mãe ía, fazia petiscos para gente assistir na sala. Era um evento legal em família e isso me marcou muito. Fez eu criar um amor assim muito grande pelo esporte que não é praticado aqui na educação física escolar. A experiência que eu tenho foi a experiência da minha família, assim do evento que tinha quando tinha alguma corrida.
Ingrid Pereira: Agradeço a sua entrevista e a presença do senhor.




Entrevistado: Kresley

Integrantes da equipe POP TV:

Anna Julia Santos, n:03 8ºB
Ingrid Pereira, n:13 8ºB
Maria Eduarda Dantas, n:21 8ºB
Maria Eduarda Ferreira, n:22 8ºB
Pedro Henrique, n:26 8ºB
Raissa de Lima, n:28 8ºB

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